Peripércias de Madame Nilza no interior.
Peripércias de Madame Nilza no interior.
Parte I

Madame veio passar uma ilustre temporada no interior, dividindo sua estadia em duas casas, dos seus dois filhos.

Chegou num domingo de tarde e ficou até quarta, por volta das seis horas, na casa do filho e foi para casa da sua filha e ficou até o domingo seguinte.

Esses poucos dias já foram mais do que suficientes para que Madame causasse o suficiente no interior.


Na primeira noite, tudo era novo para ela e Madame acabou ficando ansiosa e levantando de meia em meia hora pra usar o banheiro e beber água.
Mas como o filho dela é um pouco assustado, na primeira vez que ela acordou ele se levantou pra ver o que houve com ela.

Ela disse que não era nada de mais, só precisava usar o banheiro, mas o filho deu-lhe uma bronca por não ter acendido a luz.

Madame levantou-se novamente em meia hora, e para não preocupar a família e dizer que estava tudo bem, resolveu cantar.
É, que mal há em cantarolar uma bela canção às duas da manhã de um domingo pra uma segunda, quando o seu filho vai acordar as seis e meia para ir trabalhar?
Pelo menos todos saberiam que ela está bem e não precisariam levantar.

Madame levantou-se umas sete vezes durante a primeira noite e em todas elas cantarolou uma melodia diferente e bem alto, para que até os vizinhos soubessem que ela estava perfeitamente bem.

A família quase não dormiu, mas tudo bem.


Conversando depois, durante o dia, Madame Nilza comentou que quando tem insonia ela não conta carneirinhos não. Ela reza.
Já imaginei ela deitada e a Ave Maria pulando a cerquinha da sua mente, se intercalando com um Pai Nosso, tropeçando na roupa comprida que ela tinha que levantar pra pular.
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